de um dia muito memorável da minha vida, o dia do meu casamento.

A história deste dia, não é a história de um vestido branco. É a história das nossas vidas, das nossas famílias e de como é importante celebrar as coisas felizes da vida, de como existem grandes marcos que são cultivados ao longo dos dias “comuns”.

É lógico que tem uma longa história que conduziu até este dia, mas eu vou contar apenas algumas decisões que ajudaram a construir esta celebração como ela foi. Sempre tivemos certeza que queríamos casar ao ar livre, durante o dia. Sempre tive certeza que tudo seria feito muito do meu jeito, e que com certeza pouco me importavam as tradições e normas, principalmente aquelas que vinham do mercado de casamento, o que mais me importavam eram as nossas crenças, tradições das nossas famílias, nossos amigos e toda alegria que eles pudessem trazer.

Não haveriam arranjos de flores altos separando as pessoas, não eram necessárias distrações maiores do que uma boa música, um ambiente agradável e o que a própria natureza dos lugar havia para nos oferecer, estávamos ali para celebrar com simplicidade e alegria.

Assim a primeira regra era que queríamos o máximo de pessoas queridas por perto, principalmente entre nosso “fornecedores”, que eram quase todos amigos e familiares.

No dia choveu, uma chuva fina e fria que deixou a certeza que o plano de casar ao ar livre não iria acontecer, mas

Entoai ao SENHOR com ações de graças, cantai ao nosso Deus ao som das cítaras! Ele cobre de nuvens os céus, prepara a chuva para a terra; faz brotar a relva sobre as colinas, Salmos 147:7-8

Eu havia lido naquela semana mesmo um devocional sobre este versículo e a soberania de Deus, eu sabia que Ele cuidava disto tudo, que cuidava de mim, e que devo apenas louvar a sua soberania, sabia que todos os outros planos, sonhos e sorrisos estariam bem abrigados dos intempéries, que ter as pessoas por perto traria o calor humano que precisávamos para este dia.

Enquanto eu me arrumava, e via a chuva cair lá fora, eu lembrei de um poema que escrevi em Fevereiro de 2012

Choveu

Choveu
Choveu todo amor que tinha no mundo
Choveu no meu amor
E então meu amor cresceu
Choveu nos melhores dias da minha vida
Quando chove, estes são os melhores dias
Choveu no caminho do trem
Choveu no mar
Choveu na praça molhando a música que você me tocava
Choveu no nosso beijo
Choveu e lavou tudo
Molhou a roupa no varal
Molhou meu vestido de renda
Molhou o sapato
Choveu

Então, de certa maneira eu já sabia que choveria neste dia, e estava tudo bem.

As fotos deste post são de uma querida amiga e fotógrafa Dan Bianchin .

As músicas foram cuidadas pelas queridas do Duo Flor de Maracujá e Choro da Mata.

As flores, o bouquet e os docinhos foram todos feitos pela minha tia Cleo (Flores).

As lembrancinhas foram presentes das tias Chica e Neusa.

O mix de nozes foi presente do meu avô e embaladas por nós.