

Culto de ano novo da Igreja Presbiteriana de Barão Geraldo de 2010, Pr. Davi prega sobre este versículo da primeira foto, e fala da importância de separarmos um tempo para contarmos nossos dias diante de Deus. Foi esta mensagem que deu início a este caderninho que carrega minhas resoluções de ano novo há 10 anos!
É bem incrível que eu, tão inconstante, tenha permanecido constante nisso. É como um anuário da minha vida desde então, eu as vezes abro e leio ele inteiro, minhas expectativas, o que aconteceu, como mudei de ideia, orações que foram alcançadas, projetos concluídos ou abandonados.
O tom do caderno foi amadurecendo, naturalmente. Nos últimos anos tenho escrito mais sobre os hábitos que quero para minha vida, sobre as coisas nas quais quero perseverar cotidianamente. Há os projetos pontuais, os objetivos específicos, mas há uma clareza que esses só existirão se forem alimentados nos ciclos do ano.
Porque estou escrevendo sobre isso em pleno Maio? Bem, que sou uma péssima blogueira você já devem saber, escrevo aqui por puro interesse pessoal, quando há tempo e ocasião (coisa rara nesta estação da vida). Mas estes dias me fez muito bem reabrir este livrinho, e pensar no que queria para este ano, na minha pequenez diante de Deus e dos acontecimentos, e ao mesmo tempo na sabedoria que preciso para cultivar estes dias que tenho nas mãos. Fica aqui o salmo inteiro, que falou tanto no meu coração ao ser relido mais uma vez, quem saiba essa verdade possa florescer na sua vida também.
Senhor, tu és o nosso refúgio, sempre, de geração em geração.
Antes de nascerem os montes e de criares a terra e o mundo, de eternidade a eternidade tu és Deus.
Fazes os homens voltarem ao pó, dizendo: “Retornem ao pó, seres humanos! “
De fato, mil anos para ti são como o dia de ontem que passou, como as horas da noite.
Como uma correnteza, tu arrastas os homens; são breves como o sono; são como a relva que brota ao amanhecer;
germina e brota pela manhã, mas, à tarde, murcha e seca.
Somos consumidos pela tua ira e aterrorizados pelo teu furor.
Conheces as nossas iniqüidades; não escapam os nossos pecados secretos à luz da tua presença.
Todos os nossos dias passam debaixo do teu furor; vão-se como um murmúrio.
Os anos de nossa vida chegam a setenta, ou a oitenta para os que têm mais vigor; entretanto, são anos difíceis e cheios de sofrimento, pois a vida passa depressa, e nós voamos!
Quem conhece o poder da tua ira? Pois o teu furor é tão grande como o temor que te é devido.
Ensina-nos a contar os nossos dias para que o nosso coração alcance sabedoria.
Volta-te, Senhor! Até quando será assim? Tem compaixão dos teus servos!
Satisfaze-nos pela manhã com o teu amor leal, e todos os nossos dias cantaremos felizes.
Dá-nos alegria pelo tempo que nos afligiste, pelos anos em que tanto sofremos.
Sejam manifestos os teus feitos aos teus servos, e aos filhos deles o teu esplendor!
Esteja sobre nós a bondade do nosso Deus Soberano. Consolida, para nós, a obra de nossas mãos; consolida a obra de nossas mãos!
Salmos 90:1-17